O que é Anfetaminas

As anfetaminas são um tipo de estimulante. Eles tratam o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) e narcolepsia, um distúrbio do sono. A dextroanfetamina e a metanfetamina são dois tipos de anfetaminas. As anfetaminas se tomadas em excesso, podem causar dependência. A metanfetamina é a anfetamina mais comumente abusada. A dependência de anfetaminas ocorre quando você precisa que o medicamento funcione diariamente. Você experimentará sintomas de abstinência se você estiver dependente e interromper abruptamente o uso do medicamento.

Sintomas da Dependência a Anfetaminas

Efeitos imediatos

Os efeitos a seguir representam alguns dos efeitos imediatos causadas pelo uso de anfetaminas:

  • Aumento do estado alerta
  • Diminuição da fadiga
  • Aumento da concentração
  • Redução do apetite
  • Aumento do desempenho físico

As anfetaminas podem produzir uma sensação de bem-estar, de euforia e de perda das inibições. Além disso, a pessoa transpira profusamente e as pupilas ficam dilatadas.

As bebedeiras (geralmente por vários dias) levam à exaustão extrema e a uma necessidade de dormir.

Overdose

Altas doses (overdose) aumentam a pressão arterial e a frequência cardíaca. Esses aumentos podem ser letais. A pessoa pode ficar extremamente paranoica, violenta e fora de controle.

A pessoa pode se tornar delirante. Ocorreram ataques cardíacos, mesmo em atletas jovens e saudáveis. A pressão arterial pode ficar tão alta, que causa a ruptura de um vaso sanguíneo no cérebro, provocando um acidente vascular cerebral. Outros efeitos incluem tontura, náusea, vômito, diarreia, convulsões e temperatura do corpo tão elevada que pode vir a ser letal (hipertermia).

Efeitos no longo prazo

As pessoas que normalmente consomem anfetaminas desenvolvem rapidamente uma tolerância, como parte da dependência. Essas pessoas precisarão usar cada vez mais para ter o mesmo efeito. A quantidade consumida, no fim, pode superar em várias vezes a dose original. A maioria das pessoas que consome doses muito elevadas durante vários dias ou semanas se torna confusa e psicótica, porque as anfetaminas podem provocar ansiedade intensa, paranoia e alteração do sentido da realidade.

As reações psicóticas incluem ouvir e ver coisas que não estão lá (alucinações auditivas e visuais) e crenças falsas (delírios), como a sensação de ter poder ilimitado (onipotência) ou de ser perseguido (paranoia). A memória pode ser afetada. A confusão, a perda de memória e os delírios podem durar durante meses. Embora esses efeitos possam surgir em qualquer usuário, as pessoas com transtornos de saúde mental, como esquizofrenia, são mais vulneráveis a esses efeitos.

Os usuários de metanfetaminas apresentam um alto índice de bruxismo (ranger os dentes) e de cáries graves, afetando vários dentes. As causas incluem salivação reduzida, substâncias corrosivas na fumaça e higiene oral deficiente, chamada “boca de metanfetamina”.

Sintomas de abstinência

Quando uma anfetamina é repentinamente interrompida, os sintomas variam. Pessoas dependentes de anfetaminas sentem-se cansadas ou com sono, um efeito que pode durar dois a três dias depois da interrupção da droga. Como resultado, elas são mais propensas a lesões.

Algumas pessoas ficam intensamente ansiosas e inquietas, e outras, especialmente aquelas com tendência à depressão, tornam-se deprimidas quando param. Podem se tornar suicidas, mas é possível que durante vários dias não tenham força para tentar se suicidar.

Diagnóstico da Dependência a Anfetaminas

Atenção: requer um diagnóstico de médico psiquiatra

  • Avaliação de um médico
  • Antecedentes de uso de anfetaminas

Os médicos baseiam o diagnóstico nos sintomas das pessoas que sabem que ingerem anfetaminas. Exames de urina podem ser realizados se o diagnóstico for incerto, mas o exame pode não detectar a presença de metanfetamina e metilfenidato.

Outros exames, como eletrocardiografia, tomografia computadorizada e exames de sangue, podem ser realizados para procurar complicações.

Tratamento da Dependência a Anfetaminas

Atenção: requer um diagnóstico de médico psiquiatra

Tratamento Médico e Terapias

Terapia de resfriamento para a hipertermia (uma temperatura corporal tão elevada que chega a ser perigosa)

Tratamento para depressão e tendências suicidas durante o período de abstinência

Terapia cognitivo-comportamental para evitar a recaída

terapia cognitivo-comportamental (uma forma de psicoterapia) ajuda algumas pessoas a se livrarem do vício das anfetaminas.

Medicamentos

Sedativos

Medicamentos para baixar a pressão arterial

Os benzodiazepínicos (uma classe de medicamentos sedativos), como o lorazepam, são administrados por via intravenosa em pessoas com sintomas graves, como hipertensão arterial, agitação extrema ou convulsões.

Medicamentos para hipertensão arterial, como labetalol ou hidralazina, são administrados por via intravenosa se a pressão arterial permanecer elevada.

Durante a abstinência, os usuários de longa data podem precisar ser hospitalizados, para que sejam observados com relação a comportamento suicida. Antidepressivos podem ser administrados se a depressão persistir. Caso contrário, não é necessário nenhum tratamento para as pessoas que passam pela abstinência.

Internação para Dependência a Anfetaminas

Se você sentir fortes desejos de consumir drogas, talvez seja mais fácil passar pela desintoxicação de anfetaminas em um ambiente hospitalar. Também pode ajudar se você apresentar mudanças de humor, incluindo agressão e comportamento suicida.

Internação voluntária - com consentimento paciente

Se o paciente está ciente de sua situação e dos problemas com os quais convive, a internação voluntária a ajuda a estar em contato com uma equipe multidisciplinar apta a zelar por seu tratamento e a reabilitá-lo de modo que possa voltar a conviver bem com si mesmo e com aqueles que ama.

Internação compulsória - contra a vontade do paciente

§ Internação involuntária: de acordo com a lei (10.216/01), o familiar pode solicitar a internação involuntária, desde que o pedido seja feito por escrito e aceito pelo médico psiquiatra. A lei determina que, nesses casos, os responsáveis técnicos do estabelecimento de saúde têm prazo de 72 horas para informar ao Ministério Público da comarca sobre a internação e seus motivos. O objetivo é evitar a possibilidade de esse tipo de internação ser utilizado para a prática de cárcere privado.

§ Internação compulsória: neste caso não é necessária a autorização familiar. O artigo 9º da lei 10.216/01 estabelece a possibilidade da internação compulsória, sendo esta sempre determinada pelo juiz competente, depois de pedido formal, feito por um médico, atestando que a pessoa não tem domínio sobre a sua condição psicológica e física.

Sobre o Hospital Santa Mônica

O Hospital Santa Mônica zela pela saúde mental de crianças (a partir dos 8 anos), jovens e adultos, além de tratar dependência química. Em 2019, completa 50 anos que atua como referência de hospital psiquiátrico, auxiliando também pacientes com depressão, em todos os seus estágios. Possui dúvidas sobre esse conteúdo? Para saber mais, entre em contato conosco preenchendo nosso formulário de atendimento.